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STF fará varredura em casas de ministros, e policiais dormem no tribunal para julgamento de Bolsonaro

O Supremo Tribunal Federal (STF) está implementando uma série de medidas de segurança em preparação para o julgamento de Jair Bolsonaro, programado para começar no dia 2 de setembro. Como parte deste plano, o STF determinará varreduras nas residências dos ministros do tribunal e reforçará o policiamento na sede da corte, conforme informações divulgadas.

Agentes de segurança de diversos tribunais espalhados pelo Brasil estão sendo convocados, com cerca de 30 policiais já na sede do STF, onde foi improvisado um dormitório para que permaneçam disponíveis 24 horas por dia. Esses policiais ficarão na corte por pelo menos dois meses, e essa estada pode ser estendida, dependendo da situação.

A medida é uma resposta a um aumento significativo nas ameaças direcionadas ao STF e a seus membros, especialmente com a proximidade do julgamento da trama golpista, da qual Bolsonaro é um dos réus. As incertezas políticas e os desafios que poderão surgir a partir do processo judicial também preocupam os responsáveis pela segurança do tribunal.

Além disso, as comemorações do Dia da Independência, que acontecem entre o início do julgamento e a data de encerramento das deliberações, aumentam a necessidade de um esquema de segurança rigoroso, especialmente considerando que grupos bolsonaristas já sinalizaram a intenção de realizar manifestações neste período.

Esse contexto levanta preocupações não apenas sobre a segurança coletiva, mas também sobre ataques por indivíduos isolados, o que tem sido uma preocupação crescente nas avaliações de segurança do STF. As grades de proteção que foram temporariamente removidas após os ataques de 8 de janeiro voltarão a ser instaladas em caráter definitivo. A situação é complexa, e a tensão deve persistir mesmo após o término do julgamento, especialmente em caso de condenação de Bolsonaro.