A balança comercial brasileira acumulou superávit em agosto e manteve tendência positiva na virada para setembro, sustentada por preços de commodities e embarques do agronegócio. No varejo financeiro, a caderneta de poupança registrou captação líquida positiva em agosto, após sequência de saídas, favorecida pela combinação de renda sazonal e expectativa de juros menores.
De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o desempenho exportador tem sido puxado por soja, milho e minério de ferro, apesar da volatilidade externa. A melhora da poupança, por sua vez, reflete dinâmica de pagamentos de salários, 13º de aposentados em etapas e busca por liquidez simples. Para a próxima semana, agentes monitoram dados de inflação e sinalizações do Banco Central, com atenção à transmissão cambial e ao comportamento de preços administrados.
O histórico recente mostra que choques de petróleo e alimentos seguem no radar, mas o carregamento de desinflação de bens industriais ajuda o IPCA. No câmbio, fluxos comerciais contribuíram para reduzir pressão de curto prazo. Investidores avaliam que a consolidação do superávit e a trajetória de juros domésticos mantêm o real relativamente resiliente, condicionados ao risco fiscal e ao ambiente externo.